segunda-feira, agosto 31, 2009

Nostalgia*

Falta algo aqui.
Um silencio, um arrepio, um sorriso.

Ecoa na minha cabeça o porquê de uma alma perdida. A voz, a consciência, a ternura, o carinho e a atenção. O sorriso inconsciente que resultava das tuas palavras... Mas que falta que fazes aqui. E, sendo assim, toda aquela demais alegria se perde e vai embora devagar. Aqui fica uma réstia de lágrima, o desalento. O eco do porquê e a dor da tua partida.
Fiquei sem sono, já não quero mais dormir... Quero ficar a contemplar aquilo que de melhor a minha memoria guarda de ti.
Voz. A de um ser, de uma conquista.
Aquela perfeiçao que preenchia o ar, o riso que me fazia enlouquecer e as palavras do silencio e da imaginaçao que rolavam dos teus labios. Essas que tão sinceramente ditas são agora um sopro, uma memoria. Algo que nunca serei capaz de tornar passado.

Desejo. Loucura.

Memoria de um sorriso que, nervoso e irracional, partiu sem saber ele sequer o melhor esconderijo para se abrigar de tudo aquilo que o atinge e o faz perder a força.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Despedidas*

" (...) Tenho estado para aqui a remoer e a pensar quantas saudades e que vou ter. Quantos metros e centímetros vão medir, quanto vão pesar, se vão ser largas ou estreitinhas...
Sei bem que vão ser imensas, tantas, tantas que não cabem sequer num abraço fechado daqueles que se dão aos amigos, razão pela qual nem me apetece abraça-lo, mas sim mandar-lhe uma grande carolada na cabeça.
O estranho é que toda essa saudade que já sinto parece não ser assim tão pesada, ou alta, ou comprida, ou larga sequer. Parece uma pedra. Uma pedrinha pequenina. Uma pedrinha daquelas que nos fica entre a sola do sapato e o pé e que não nos larga ao longo do caminho durante muiiiito tempo.
Talvez por isso doa tanto... "

Pedro Granger

segunda-feira, agosto 10, 2009

Unidade *

Meu amor quero que saibas de algo muito muito importante. Quero que descubras este sentimento que me faz querer mais e mais dos teus pequeninos braços. Eu não quero que ele acabe, mas sim que continue a crescer. Um dia sem ti custa a passar, sem os miminhos que só tu sabes dar, sem os pulos sem fim e as brincadeiras que nos fazem rir ate doer a barriga.
Preciso ser severa mas também a pior de todas as traquinas só para poder agradar-te. Sem ti não tinha piada! Quero ter 30 anos e ver que és um adolescente feliz e que continuas a abraçar-me com a mesma força.
Sem ti não havia sorriso nem gargalhada, minha luz, meu caminho. Quando a lágrima cai estas lá e sabes, com a tua pequena mãozinha, seca-la e transforma-la no mais doce dos chocolates.
Sabes, pequeno petiz, és grande parte da minha vida e quero que fiques abraçado a mim ate ao fim da nossa eternidade.

“-Olha, amar é diferente de gostar muito não é?
-É sim, meu amor. Bem diferente!
-E tu? Só gostas muito de mim ou amas-me?
-Oh meu anjo, claro que te amo, e muito!
-Tu és a melhor irmã do mundo, e a mais linda e também te amo”


Instantes. Onde na maior das inocências sabes como comover, mesmo no momento em que me encontro deitada, sem forças sequer para abrir os olhos cheios de lágrimas, as quais nunca terão como razão de cair a tua pessoa.
Mais do que um amor, uma paixão. É uma força algo de extraordinária que me liga a ti, principezinho.

domingo, agosto 09, 2009

Não conheço muito da sua da sua vida e dos seus feitos, confesso. Mas ao ouvir a noticia que me dizia que tinha falecido fui invadida por uma tristeza estranha, como que uma saudade daquele que nunca conheci. Decidi então que deveria aqui deixar uma marca, em seu nome, pelo Homem que foi e pelo que fez por cada um.



"A minha vida foi uma vida muito louca e dura, mas saborosíssima."

»Façam o favor de serem felizes!«

sábado, agosto 08, 2009


Se o arrependimento vier saberei que é fruto de algo que me fez suar e não de um silencio da minha voz ou dos meus actos. E quando cá chegar saberei lidar com ele, pois será necessário e merecido.

Para já não me aborreço a pensar nisso, é uma perda de tempo.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Momento *

O tempo vai passando e tudo cresce. Ou melhor, quase tudo.
A natureza mexe e remexe ao sabor do vento e com o tempo vai modificando, ate ao mais ínfimo pormenor. Tudo esta perfeito.
Tu, meu ódio, só tu vais ficando mais e mais insignificante.
Não são os olhares que te aproximam mas sim que te afastam ainda mais. Não são as palavras que me comovem mas que fazem crescer o desprezo que sinto por ti.
Para quem criou a ilusão de estar a semear uma reconquista o caminho não e o mais correcto. Perdi a pena, já nem me importa se ris ou choras. Maturidade abaixo de zero, inventor de esquemas sem resultado que todos os inocentes sem opinião própria seguem e que nunca resultaram comigo. Ainda tenho uma cabeça e pelos vistos bem melhor que a tua, que só funciona a meio gás. Será que fazes de proposito ou ainda pensas que toda a gente aprecia o teu estúpido ego avariado e vazio ?
Ironias fora de moda, manias e teimosias que não colam a ninguém.
Infelizmente, não cresceste em nada, estas sim a regredir.
Pura criança, onde os dezanove anos só se encaixam no corpo.
Como fui eu capaz de chegar tão longe ? Nove meses, que ilusão.
Nunca tive razão para me achar superior a ninguém mas a raiva leva-me a crer que, estando tu a levar o que amo e a fazer de tudo o que mais detesto, és inferior, e bem inferior.
Desprezível, nunca mas nunca mais. Disso tenho a certeza, Criança !

domingo, agosto 02, 2009


Sou demasiado imperfeita. Tenho ainda de crescer, e muito.

Cair e bater com a cabeça ate acordar na completa perfeiçao do mundo, que nunca sera cor-de-rosa, como eu tanto quero acreditar.


Desculpa.

sábado, agosto 01, 2009

Fácil de entender

Palavras.
Fizeram-me sorrir demais, quando realmente deveria ter aberto os olhos e não mergulhado em ilusões e criado na imaginação caminhos sem fim, sonhando ser possível finalmente ter encontrado uma luz. Julgando que poderia seguir e apostando na tua sinceridade, sonhei.
Fui caminhando a passos pequenos, ansiando poder correr e finalmente ouvir-te, falar-te baixinho e quem sabe sentir o teu perfume num abraço interminável. Transformar todas as palavras perfeitas em momentos que não voariam do pensamento.

Sorri demais ao levar-te no pensamento, pensei demais em cada entrelinha das palavras, falei demais e o sonho acabou por escurecer. Sem tempo de crescer, aprender ou voar o sonho não tirou os pés da terra. Infelizmente escureceu cedo demais, e agora não quer abrir os olhos.
Foste mais do que eu pensava levando-me a ser menos do que devia. Julguei-te fácil de entender, diferente e meigo. Doce feitio simples que te levou a fazer-me falar.
Agora tenho os olhos vendados de maneira impossívelmente solida.
Incapaz de desvendar os meus olhos, não consegues ultrapassar as palavras quando foste tu, meu amor, o primeiro a dizer que palavras leva-as o vento.
A luz no pequeno ecrã portátil que trazia o teu nome já não brilha com intensidade, desordenada, livre e com vontade mas sim forçada, demasiado forçada e fútil. E assim já não me faz sorrir, traz antes uma vontade incontrolável de vestir o meu casaco vermelho enorme, colocar o capuz que me cobre a cara, sentar-me na janela e deixar o vento frio secar por dentro toda a tristeza de uma desilusão enquanto por fora vou colocando uma mascara de felicidade.
Simples palavras colocaram toda a perfeição a leste de mim, do meu ser, mas talvez infelizmente para ti, continuas no centro do meu pensamento.
Apoiada em ilusões que descrevias cada vez que o ecrã iluminava o teu nome, sonhei.
Nada do que passou, nada do que pensei termos construído conta para ti. De livre vontade desapareceste sem sequer deixar explicações e achando tudo normal. Trocas-te todas as palavras por um mero facto que a metade nem faria arregalar os olhos.

Sonhei e agora, de olhos vendados, não quero acreditar que tu, que tão pura e facilmente me fazias sorrir tens o mesmo rosto daquele que agora me faz querer enrolar-me a um canto pensando o porque de querer sonhar, falar ou mesmo acreditar que um desconhecido cheio de charme, sentimento e carinho pode ser a razão de toda esta nostalgia.
Fizeste-me desistir de ti mesmo antes de me dares algo suficientemente solido para poder lutar, V*